Calçados livres de bactérias.
Hoje em dia não são muitas as oportunidades que muitos tem de usar causados abertos ou que permitam uma boa ventilação para os pés enquanto desempenham as tarefas no dia-a-dia.
Um grande número de pessoas tem de usar calçados fechados por mais de 8hs 10hse até mesmo 12hs por dia. Isso pode causar um acúmulo de bactérias e fungos na parte interna dos calçados, colocando nossos pés em constante risco de desenvolver uma micose, alergias ou outras afecções no entorno de nossos pés assim como nas unhas e entre os dedos.
Isso acontece porque o ambiente em que trabalhamos, o tempo em que ficamos calçados, a temperatura do ambiente e interna dos calçados, o tipo de material das meias e dos calçados e alguns fatores do nosso organismo, todos juntos, podem favorecer em graus diferentes muitas das situações para que bactérias e fungos se desenvolvam em quantidade acima da capacidade de nossos anticorpos possam controlar.
Segue alguns cuidados que se observados com relação ao calçado e condições dos pés ao calçá-los, poderá trazer além de mais conforto, a diminuição das chances de sofrer surpresas desagradáveis na nossa rotina diária.
Se possível, prefira calçados onde os bicos sejam mais largos e mais altos, dando mais espaço para os pés se acomodar, haverá mais circulação de ar interna.
O material do calçado deve ser flexível, tanto o que veste os pés como o solado, e que permita alguma ventilação. Atualmente os modelos modernos possuem detalhes que muitas vezes servem como entrada de ar.
As meias devem ser sempre de algodão. Estas aquecem menos os pés e se houver transpiração, absorvem melhor mantendo os pés mais secos por mais tempo. As meias de material sintético, como as meias-finas femininas e as sociais masculinas aquecem mais e não absorvem nada da transpiração.
Jamais, em hipótese alguma use os calçados ou meias que estejam úmidos. Eles devem estar sempre completamente secos.
Não utilize o mesmo calçado dois dias seguidos, alterne sempre e aquele que usou no dia deve ficar em local arejado, de preferência no sol, se houver chance.
Se o seu calçado molhar com a chuva ou outra situação, um dia apenas no sol pode não ser o suficiente para secá-lo completamente, caso não possa contar com o sol, utilize o secador de cabelo ligado na temperatura máxima por 5 minutos em cada calçado.
Lembre-se sempre que seu pés também devem estar bem secos antes de calçar os sapatos ou qualquer tipo de meia ou calçado.
Não existe um produto específico para a assepsia dos calçados, mas há algumas opções que ajudam a manter os calçados menos propícios a se tornarem morada de agentes contaminantes, isso veremos na consulta pois é preciso considerar fatores individuais a cada caso.
Se acontecer de seu calçado adquirir aquele mal cheiro característico (chulé), na grande maioria das vezes não é possível recupera-lo. O Mal cheiro indica que os agentes como bactérias e fungos já se instalaram e como eles penetram em toda a estrutura porosa, não há como elimina-los. O melhor a fazer é descartar o calçado.
O fungo mais comum nesse casos é a “Candida Albicans” – presente em 8 de 10 micoses e um dos mais resistentes agentes contaminadores.
Os calçados de material plástico ou emborrachado que não tenham nenhum revestimento de tecido são os mais propícios a se tornar depósitos de bactérias e fungos, assim, ao usa-los, observe todos os cuidados acima descritos com total minúcia e, poderá ainda preservar o uso de todos os seus calçados assim como a saúde de seus pés por mais tempo.
Em caso de mal cheiro, irritação da pele, descamação, coceira, pergunte ao seu podólogo se é há algo de imediato a ser feito para reverter o quadro. Lembrando sempre que a Podologia é um complemento de um trabalho mais amplo que se necessário será feito em parceria com seu dermatologista.
Att.
Alexandre Santos (Podólogo)
Contato: 99227-0753